domingo, 21 de julho de 2013

UM BONDE CHAMADO DESEJO


“Eu sempre dependi da bondade dos estranhos.”

Se você colocar essa frase no Google aparecerá mais ou menos mil e quinhentos resultados, ela está inserida na peça de teatro A Streetcar Named Desire, ou Um Bonde Chamado Desejo como ficou conhecida no Brasil, escrita por Tennessee Williams (1911-1983) é até hoje cultuada e encenada mundo afora.

Publicada em 1947 foi aclamada no ano seguinte com o Prêmio Pulitzer de drama, a montagem teatral contava com o novato Marlon Brando no papel de Stanley Kowalski. No cinema deu o Oscar de Melhor Atriz para Vivien Leigh em 1952 e consagrou definitivamente Marlon Brando, que repetiu o papel do teatro nas mãos do diretor Elia Kazan, que também dirigiu a versão do teatro, o filme recebeu onze indicações.

A história de Branche DuBois é o retrato de uma dama decadente que esconde um passado negro com crises nervosas e atitudes que beiram a loucura. É uma bela mulher que vai morar na casa da irmã por não ter mais para onde ir. Culpando seu estado nervoso para justificar o afastamento do trabalho como professora de inglês, quando na verdade a causa foi um relacionamento com um estudante de dezessete anos, um breve casamento desfeito pela descoberta da homossexualidade do marido e seu consequente suicídio, Blanche vive num mundo de fantasias e ilusões que se misturam à sua atual realidade.

Os conflitos gerados pelo confronto entre o mundo rude e viril do cunhado Stanley e a sensibilidade e o refinamento de Blanche geram uma tensão constante na família em ruinas. Ele é rude e grosseiro, domina Stella com seu comportamento prepotente calcado em dominação e sexo que causa em Blanche ao mesmo tempo inveja e repulsa.

Temos então uma base perfeita para boas atuações, situações surpreendentes com doses de humor e melancolia.

Blanche DuBois, quem já leu sobre ela, a assistiu no teatro ou no cinema, jamais a esqueceu.

Cidade do abandono: Rio de Janeiro/RJ
Local: Rathi Restaurante - Rua Buenos Aires - Saara
Data: 15/08/2013

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