domingo, 25 de abril de 2010

A VELHA SENHORA


O ano era 1982 e eu assistia a um capítulo da novela Brilhante da Rede Globo, sim, sou noveleiro, e a personagem de Fernanda Montenegro, Sra. Chica Newman, matriarca da família dona de uma grande empresa de jóias, tem um livro à mão quando seu motorista Carlos (Claudio Marzo) comenta o quanto gosta da escrita e do refinamento dos casos policiais do escritor Georges Simenon. Eles trocam um cúmplice olhar e a partir daí nasce uma admiração mútua que fez grande sucesso entre o público, à época, tanto que os dois acabaram juntos no último capítulo, como uma redenção da personagem.
É claro que fiquei curioso com o nome do autor e comprei um exemplar de “A Velha Senhora”. É um livro policial da série do comissário Maigret, personagem que Simenon inventou para resolver casos de intrigas simples, mas com personagens fortes e ambíguos. Seus melhores textos são aqueles baseados em casos de pequenas vilas de província, evoluindo à sombra de personagens de aparência respeitável. Não sei quem começou primeiro, se Agatha Christie com seu Hercule Poirot, ou George Simenon com o comissário Maigret, se alguém souber me avise.
O livro conta o caso da Sra. Valentine Besson que, num domingo após uma reunião familiar para comemorar seu aniversário, rejeita o remédio para dormir que sua empregada Rose leva para ela todas as noites por achá-lo amargo demais. Rose, não se sabe por que, o toma e morre envenenada por arsênico pouco depois. O comissário Maigret é chamado para resolver o mistério, quem teria interesse em matar a plácida Sra. Valentine cuja antiga fortuna se resume à pequena casa onde mora?
É ler e descobrir.
Cidade do abandono: Salvador/BA
Local: Frans Café - Ondina
Data: 30/05/2010

Um comentário:

  1. Muito interessante (e generosa) a idéia, Odilon. Os espanhóis costumam fazer isso no Dia do Livro. Convido-o para ser seguidor do meu blog litertário.
    Abraços,

    www.cinzasdiamantes.blogspot.com

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